quarta-feira, 14 de julho de 2010

(09/07) Os Meirinhos do Forró vieram ao Xeque-Mate nos mostrar que o verdadeiro forró pé-de-serra não morreu!

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Na semana passada, pudemos contar com a presença dos irmãos que compõem o trio “Meirinhos do Forró”, que nos contaram um pouco da sua trajetória como músicos e família e apresentaram as dificuldades que apareceram nesse percurso.  De início, tiravam som com instrumentos de brinquedo, até que Cláudio teve acesso à sanfona de um vizinho, da qual não largou mais. A partir daí, foram se ambientando àquela brincadeira musical e quando menos se percebeu, já estavam sendo denominados de “Mirins do Forró”, devido a pouca idade. Apresentaram-se, primeiramente na festa da padroeira de Bom Jesus e, com o tempo, foram percebendo que podiam ajudar a família, que não tinha uma renda muito boa, a conseguir o pão de cada dia.


Influenciados pelos bons compositores da música nordestina, o grupo critica algumas bandas de forró atuais que tocam algo que, segundo eles, não é forró. Várias vezes, provado a trabalhar esse estilo mais comercial da música nordestina, o grupo veio a negar, o que lhes rendeu a alcunha de “Meirinhos do Forró” (espelhados na palavra meiro: aquele que valoriza a origem). Embora não valorizem essa vertente mais atual do forró, os meirinhos reconhecem que a internet é de importância fundamental no trabalho deles e ainda falam de como é mais rentável, ao artista, fazer shows do que vender CD’s.



Tocaram por vários lugares, como no cajueiro de Pirangi, no restaurante Mangai (onde fizeram os primeiros show remunerados) e em alguns eventos, mas o reconhecimento um pouco maior só apareceu quando eles tiveram oportunidade de viajar à Portugal, onde puderam voltar por mais vezes, à pedidos dos próprios nativos. Fizeram um sucesso tal que foi pedido que eles se afastassem do cajueiro de Pirangi, onde eles tocavam periodicamente, pois as gorjetas que, naturalmente, iam pros guias estavam passando para eles.


Os músicos explicaram que conciliar a vida artística e a vida acadêmica não é um bicho de sete cabeças e que o fato de fazerem muitos shows nunca prejudicou nenhum deles na escola. Explicaram o preconceito que sofreram no começo, por serem muito jovens e estarem fazendo música num estilo que costuma ser dominado por pessoas mais velhas, mas nunca pensaram em mudar seu estilo por isso. Sempre valorizando as origens, esses são os “Meirinhos do forró”.

Ouça o trabalho e saiba mais sobre os nossos convidados nos links abaixo:
Programa Xeque-Mate: há sete anos, a melhor jogada das suas sextas-feiras.