A pedagoga cearense Marilac de Castro e Silva e o físico potiguar Ítalo Batista são os entrevistados desta sexta-feira no Xeque Mate. Eles contaram suas experiências como educadores de um programa conjunto do Ministério das Relações Exteriores com o Ministério da Educação no Timor Leste. Os professores relataram suas impressões sobre a realidade timorense desde a área de atuação deles – educação – até sociedade e economia. O potiguar de Olho D’Água dos Borges Ítalo Batista veio para Natal ainda muito cedo para estudar. Morou na Casa do Estudante até ser aprovado na UFRN no curso de Física; a partir desta época passou a morar na Residência Universitária. O físico diz que se inscreveu no programa do Governo Federal por acaso, ao ver o edital no site da UFRN, e só avisou à família que iria para o Timor Leste após ter sido selecionado, mesmo com sua mãe não aprovando sua viagem. Já a cearense Marilac de Castro concorreu à única vaga disponível no Brasil para o cargo de coordenadora do programa em busca de uma nova experiência na educação. Ela já possuía vasta experiência como educadora antes mesmo até de se formar no curso de Pedagogia no Ceará, tendo chegado a ser diretora de escolas no Ceará.
A dupla de professores relatou que antes de chegarem ao Timor Leste tinham a impressão de um “país terrorista”, como disse Ítalo. A impressão foi logo desfeita ao sentirem a receptividade do povo do Timor, apesar da difícil condição de vida no jovem país asiático. Porém, a maior dificuldade segundo os educadores foi com a língua, porque mesmo o português sendo língua oficial poucos são os que falam a língua do país colonizador, sendo que a maioria fala o tetum. A função do projeto de ensino do português tanto para professores como para alunos timorenses, segundo os educadores, é tanto resgatar o português, que foi língua de resistência aos invasores indonésios, como levar tecnologia educacional brasileira para o Timor Leste.
Questionada sobre os interesses políticos e financeiros da presença de alguns países com projetos humanitários no Timor Leste, a pedagoga Marilac afirmou que há sim um interesse financeiro por trás desta presença, em especial sobre o petróleo, chegando a dizer que para o Timor “[...] ter petróleo não está ligado à desenvolvimento." Apesar de afirmarem que o Timor não é tão violento como a maioria pensa, a professora Marilac afirmou que tinha que andar constantemente com um objeto que a identificasse como brasileira, devido a sua aparência ser próxima dos australianos, povo que juntamente com os indonésios não é bem visto pelos timorenses.
Os educadores nordestinos também contaram algumas curiosidades sobre a vida no Timor como a falta de shopping, a dificuldade para comprar comida e assédio dos timorenses sobre homens e mulheres, em especial no caso da filha da pedagoga Marilac.
A dupla de professores relatou que antes de chegarem ao Timor Leste tinham a impressão de um “país terrorista”, como disse Ítalo. A impressão foi logo desfeita ao sentirem a receptividade do povo do Timor, apesar da difícil condição de vida no jovem país asiático. Porém, a maior dificuldade segundo os educadores foi com a língua, porque mesmo o português sendo língua oficial poucos são os que falam a língua do país colonizador, sendo que a maioria fala o tetum. A função do projeto de ensino do português tanto para professores como para alunos timorenses, segundo os educadores, é tanto resgatar o português, que foi língua de resistência aos invasores indonésios, como levar tecnologia educacional brasileira para o Timor Leste.
Questionada sobre os interesses políticos e financeiros da presença de alguns países com projetos humanitários no Timor Leste, a pedagoga Marilac afirmou que há sim um interesse financeiro por trás desta presença, em especial sobre o petróleo, chegando a dizer que para o Timor “[...] ter petróleo não está ligado à desenvolvimento." Apesar de afirmarem que o Timor não é tão violento como a maioria pensa, a professora Marilac afirmou que tinha que andar constantemente com um objeto que a identificasse como brasileira, devido a sua aparência ser próxima dos australianos, povo que juntamente com os indonésios não é bem visto pelos timorenses.
Os educadores nordestinos também contaram algumas curiosidades sobre a vida no Timor como a falta de shopping, a dificuldade para comprar comida e assédio dos timorenses sobre homens e mulheres, em especial no caso da filha da pedagoga Marilac.
Texto: Paulo Nascimento/Assessoria
Fotos: Vinícius de Oliveira/Assessoria
Programa Xeque-Mate: há sete anos, a melhor jogada das suas sextas-feiras, às 19 horas, na TVU!
Fotos: Vinícius de Oliveira/Assessoria
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