quarta-feira, 20 de abril de 2011

Corrupção e a bola: mais comum do deveria.

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O futebol é hoje o esporte mais importante do planeta. O mais visto, mais praticado, e acima de tudo, o mais rentável. Sendo um esporte capaz de gerar altas receitas, o futebol tem sofrido nos últimos com vários casos de corrupção. Tanto dentro como fora de campo.
Não são poucos, por exemplo, casos como o jogo entre Croácia e Itália na Copa de 2002, quando o empate classificava as duas seleções. Pobre Itália que foi eliminada na partida seguinte, contra a Coréia do Sul.

Fora do campo, os casos são imensos. Um recente foi à suposta venda de votos para a escolha das sedes das Copas de 2018 e2022. Dois membros do Comitê Executivo da FIFA foram afastados sob suspeita de terem vendido seus votos. E isso não é algo recente. A corrupção no futebol só tem aumentado nos últimos anos.

A Itália, por exemplo, viveu um caso recente. Em 2006, a imprensa italiana publicou uma série de conversas telefônicas envolvendo, árbitros, dirigentes e jogadores. Dentre os principais envolvidos, estava a Juventus, time de maior torcida do país. Como resultado, dirigentes banidos do futebol e o clube de Turim rebaixado para a segunda divisão.

Em 1979, também na Itália, um caso de corrupção chamou a atenção do mundo. Conhecido como escândalo do Totonero, o episódio chamou atenção pelo número de pessoas envolvidas e presas, sendo um total de 48 pessoas, incluindo também jogadores, que chegaram a ser presos dentro dos estádios.




No Brasil, esses casos também são “comuns”. Em 2005, a revista Veja publicou uma extensa matéria que denuncia árbitros de futebol e apostadores de sites, num escândalo que marcou o campeonato brasileiro daquele ano. O então árbitro Edilson Pereira de Carvalho foi denunciado e condenado por manipulação de resultados.  O campeonato teve 11 jogos anulados e ficou marcado pelos casos de corrupção que o envolveram, tirando o brilho da conquista do Corinthians, que contava com Carlitos Tevez, Mascherano e companhia.




Contudo, a história de corrupção no Brasil começa bem antes. Em 1979, o então diretor da Revista Placar, Milton Coelho da Graça, em parceira Juca Kfouri começaram a investigar um suposto esquema de manipulação de resultados. Após uma longa investigação, o jornalista Sérgio Martins publicou uma reportagem onde denunciava o esquema que ficou conhecido como o caso da Máfia da Loteria Esportiva, onde árbitros eram acusados de manipular resultados visando lucrar por meio das apostas. A repercussão foi tanta que a credibilidade e o interesse público pela Loteca caíram drasticamente.

Os casos de corrupção no esporte não são raros, e no futebol emergem com maior facilidade. É uma pena que o esporte mais visto e praticado no mundo ainda seja um recanto para dirigentes e cartolas corruptos. Tudo o que se espera é casos como esses não tirem o brilho de um espetáculo tão majestoso.



Por Arthur Barbalho