Sabe quando tudo o que você quer é encontrar um CD inesperado que levante seu astral em qualquer hora do dia e te passe uma mensagem do tipo, "e daí? vamos rir disso tudo e tomar sorvete enquanto a gente canta alguma coisa bacana!" É isso mesmo: Matando o Amor - Talma&Gadelha
A insistência para ouvir o álbum veio de tanto comentário positivo no twitter e de elogios constantes feitos há bastante tempo por @leila_de_melo ao trabalho dos dois. Até que em uma manhã @Renata_mcosta faz o download [ que se encontra disponível aqui ] e eu me vejo Matando o Amor que há em mim - musicalmente falando ;]
O Show de lançamento do álbum no último sábado [26] não poderia ter sido em outro lugar, se não, no DoSol. E claro, o clima não trouxe surpresa: música boa e todo mundo disposto a matar o amor -não necessariamente no propósito literal do que a frase supõe - com Talma, Gadelha e a sua banda altamente competente. E com direito a replay de todo mundo gritando por um sorvete de pinha [ que eu jurava ser de Pinga até depois do show ] na madrugada quente da Ribeira.SHOW\o/
O álbum faz parte do projeto Incubadora, em comemoração aos 10 anos de música do DoSol e traz a união de Simona Talma e Luis Gadelha com 10 canções de composição da dupla, produção de Anderson Foca e arranjos de Henrique Geladeira e Chris Botarelli.
As letras passeiam pelo clima de rock descompromissado à la Rita Lee em "Balacobaco" [2003]. O Roqueiro e a Hippie inevitavelmente faz a gente lembrar de outros dois opostos que flertaram e também nos conquistaram no passado, Eduardo e Mônica, e procurando referências ainda mais antigas temos a cereja do bolo que humilde se disfarça de "Mais uma cereja" pronta para te levar até uma festinha bem supimpa e cheia de biquíni de bolinha amarelinha, brasa mora?!
Mas assim como em toda festa, o cd também traz aquele momento do desabafo com gosto de cana acumulada que lá nas tantas da madrugada acaba fazendo o processo inverso e sai pela boca [tcharã] A hora da dor de cotovelo!
Dor que surge através de um blues embriagado para falar do fim [ Matando o Amor] através daquela guitarra e bateria que juntas ja bastavam pra sofrer junto com você no momento da lembrança que não sai nem a pau [ Doce hora] ; ou ainda quando a dor sai de forma mais subjetiva [ Se fosse feio ]; e claro, quando ela desperta a nostalgia que se tem ao olhar para o que poderia ser se tivesse acontecido [Daqui há alguns anos]
É um vício que ja atingiu mais de 12.000 downloads no site do DoSol. É música boa mesmo, daquelas que vão ficar por muito tempo, e feita por quem esta muito perto para provar que nem sempre o melhor esta no quintal do vizinho só porque ele fala inglês.
Enfim, entre as 10 exposições do amor que Talma&Gadelha apresentam sob diversas sonoridades, todas vão iniciar uma séria relação com você até que a morte os separe.
Por Henrique Arruda
FONTE: aspirinapunk.blogspot.com