terça-feira, 17 de setembro de 2013

Biblioteca de Santarém resiste a problemas funcionais

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Por Assessoria de Comunicação

Foto: Assessoria

Poucos são os espaços públicos que prestam serviços ligados ao entretenimento. Quando trata-se de locais onde a educação e cultura são ofertados, esses espaços são reduzidos. Prova disso é que a capital potiguar dispõe de três grandes bibliotecas, localizadas em Cidade Alta, Petrópolis e Santarém. Entretanto parte desse serviço está parado devido problemas administrativos e falta de recursos.

No bairro de Santarém, Zona Norte de Natal, está localizado o Centro de Estudos e Biblioteca Escolar Professor Américo de Oliveira Costa (Cebe). Inaugurada em dezembro de 2010, a biblioteca dispõe de 40 mil títulos e enfrenta problemas, entre eles a falta de funcionários, como explica Márcio Lemos, o coordenador: “Nosso desafio é manter aberta a biblioteca com um quadro reduzido de funcionários. Temos uma responsabilidade maior por sermos também um centro de estudos e de referência para a educação."

A biblioteca dispõe de gibiteca, cordelteca, sala de educação Infantil, sala de pesquisa e de informática, mas faz serviço de empréstimos aos leitores porque o acervo ainda não está completamente catalogado, a única bibliotecária que o Cebe dispõe já se aposentou, mas continua trabalhando para terminar a catalogação. A média de atendimentos caiu para 100 pessoas por dia, sendo que a biblioteca já alcançou 500 atendimentos por dia em três turnos.

O fato de não terem como pagar aulas extras e nem comprar livros leva muitos pais e alunos a buscarem a instituição, que mesmo não dispondo de recursos, a biblioteca organiza feiras, exposições, mini-cursos aos estudantes natalenses. “Se fôssemos apenas esperar verba, seria complicado realizar algo. Às vezes tiramos do nosso próprio bolso para arcar com os custos”, explicou Márcio Lemos.

Acervos desatualizados, quadro funcional reduzido e a falta de recursos diretos, são problemas comuns às bibliotecas de Natal. Para Márcio Rodrigues, coordenador do Sistema de Bibliotecas Públicas Potiguares, o maior desafio para que se mantenha uma biblioteca hoje é a falta de uma política pública específica: “Não é possível realizar nenhuma ação efetiva enquanto não tivermos uma política de incentivo a bibliotecas e um orçamento próprio, ficando a mercê do que o governo repassa. É necessário que tenhamos uma gestão eficiente para superar esse tipo de problema, como fizemos na biblioteca Câmara Cascudo, fechamos para organizar e depois reintegraremos à cidade”.

Para tratar deste assunto o entrevistado desta sexta-feira (20) é o estudante de comunicação e ativista social Danilo Bezerra. Ele criou em Almino Afonso, cidade do interior do Estado, uma  biblioteca comunitária e provocou uma mudança na comunidade. A entrevista vai ao sexta, as 20h, pela TVU, cana 5 (UHF) e 17 (Cabo Telecom).