Por Assessoria de Comunicação
Foto: Assessoria |
Poucos são os espaços públicos que prestam serviços ligados ao entretenimento. Quando trata-se de locais onde a educação e cultura são
ofertados, esses espaços são reduzidos. Prova disso é que a capital potiguar
dispõe de três grandes bibliotecas, localizadas em Cidade Alta, Petrópolis e
Santarém. Entretanto parte desse serviço está parado devido problemas
administrativos e falta de recursos.
No bairro de Santarém, Zona Norte de Natal, está localizado o Centro
de Estudos e Biblioteca Escolar Professor Américo de Oliveira Costa (Cebe).
Inaugurada em dezembro de 2010, a biblioteca dispõe de 40 mil títulos e
enfrenta problemas, entre eles a falta de funcionários, como explica Márcio
Lemos, o coordenador: “Nosso desafio é manter aberta a biblioteca com um quadro
reduzido de funcionários. Temos uma responsabilidade maior por sermos também um
centro de estudos e de referência para a educação."
A biblioteca dispõe de gibiteca, cordelteca, sala de
educação Infantil, sala de pesquisa e de informática, mas faz serviço de
empréstimos aos leitores porque o acervo ainda não está completamente
catalogado, a única bibliotecária que o Cebe dispõe já se aposentou, mas
continua trabalhando para terminar a catalogação. A média de atendimentos caiu
para 100 pessoas por dia, sendo que a biblioteca já alcançou 500 atendimentos
por dia em três turnos.
O fato de não terem como pagar aulas extras e nem comprar
livros leva muitos pais e alunos a buscarem a instituição, que mesmo não dispondo
de recursos, a biblioteca organiza feiras, exposições, mini-cursos aos
estudantes natalenses. “Se fôssemos apenas esperar verba, seria complicado
realizar algo. Às vezes tiramos do nosso próprio bolso para arcar com os
custos”, explicou Márcio Lemos.
Acervos desatualizados, quadro funcional reduzido e a falta
de recursos diretos, são problemas comuns às bibliotecas de Natal. Para Márcio
Rodrigues, coordenador do Sistema de Bibliotecas Públicas Potiguares, o maior
desafio para que se mantenha uma biblioteca hoje é a falta de uma política
pública específica: “Não é possível realizar nenhuma ação efetiva enquanto não
tivermos uma política de incentivo a bibliotecas e um orçamento próprio,
ficando a mercê do que o governo repassa. É necessário que tenhamos uma gestão
eficiente para superar esse tipo de problema, como fizemos na biblioteca Câmara
Cascudo, fechamos para organizar e depois reintegraremos à cidade”.
Para tratar deste assunto o entrevistado desta sexta-feira (20) é o estudante de comunicação e ativista social Danilo Bezerra. Ele criou em Almino Afonso, cidade do interior do Estado, uma biblioteca comunitária e provocou uma mudança na comunidade. A entrevista vai ao sexta, as 20h, pela TVU, cana 5 (UHF) e 17 (Cabo Telecom).
Para tratar deste assunto o entrevistado desta sexta-feira (20) é o estudante de comunicação e ativista social Danilo Bezerra. Ele criou em Almino Afonso, cidade do interior do Estado, uma biblioteca comunitária e provocou uma mudança na comunidade. A entrevista vai ao sexta, as 20h, pela TVU, cana 5 (UHF) e 17 (Cabo Telecom).