sábado, 23 de agosto de 2008

Xeque-mate recebe Tarcísio Gurgel; apresentador e escritor

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foto por André Salustino

O entrevistado dessa sexta-feira será o professor, escritor, artista e comunicador Tarcísio Gurgel. O professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte foi recebido nessa sexta-feira pelo programa Xeque-Mate onde discutiu temas como sua aproximação com o teatro, sua história de vida, carreira, influências, viagens, música, jornalismo e as mais diferentes facetas que já exercitou durante toda sua vida.

foto por Lua Benatto

Na primeira etapa do programa, Tarcísio nos falou um pouco sobre seu primeiro contato com o Teatro, enfatizou a influência que havia tido do seu irmão, já envolvido com a arte, mas não negou sua disposição e habilidade nata de praticá-la: “Eu sempre fui muito exibido, sempre gostei de aparecer, certa vez ainda pequeno, escrevi uma carta pra o meu irmão pedindo uma câmera filmadora, ele achou que eu estava louco.” O professor ainda esclareceu para o programa que nasceu em um ambiente muito propício e instigante para desenvolver o teatro,nos falou que tinha irmãos e todos eles estavam de alguma forma ligada a prática da criação, um era boêmio, outro era poeta e ainda outro ator, todos eles foram vitrines pra Tarcísio. Ainda no primeiro bloco, o professor nos falou um pouco como ele foi parar no Rio de Janeiro, declarou que tinha recebido uma promessa de estágio mais tarde isso teria se tornado um blefe, mas o que tinha mesmo feito ele deixar o RN tinha sido o próprio teatro. O entrevistado brinca quando diz que morava em um kitnete apertado com quatro primos e seu irmão e no meio da noite traziam mulheres para lá.

foto por Lua Benatto

Na fase seguinte de entrevistas os alunos perguntam sobre sua loucura pelo Flamengo e Tarcísio não negou sua paixão absoluta pelo time, para isso narrou uma partida de 1963 no estádio do Maracanã; ele nos contou que o local estava entupido de pessoas e eu via os bêbados sendo jogados de cima pra baixo “eu não sei como consegui sair dali”, brinca com muito bom humor o professor. Novamente é perguntado a ele sobre sua experiência na capital carioca e o entrevistado fala da relevância que foi está naquele local, naquele período, afirmou também ter pego as primeiras edições de uma revista chama SENHOR, onde Clarice Lispector, João Guimarães Rosa, Jorge Amado publicava seus textos inéditos. O entrevistado humildemente fala da sua carreira como jornalista e nos diz que trabalhou no jornal do Brasil como reserva de revisor aonde teve a sorte de corrigir os texto de Carlos Drumont de Andrade.

foto por André Salustino

“Eu estava no Rio de janeiro quando a bossa nova se consolidou, tive o privilégio de ver o cinema novo, assisti Vidas Secas de Nelson Pereira dos Santo, Vi também, os primeiros inéditos de Clarice Lispector, João Guimarães Rosa e Jorge Amado serem publicados na revista Senhor”.

Depois da experiência no Jornal do Brasil o professor Tarcísio recebeu o convite pra voltar pra o Rio Grande do Norte onde trabalhou na livraria Universal, durante sua estadia na capital potiguar o professor participou do concurso Câmara Cascudo onde se saiu vitorioso tento muito de seus contos publicados nacionalmente, só na década de 1980 ele retorna ao Rio de Janeiro para fazer o mestrado.

foto por André Salustino


No último bloco foram comentados temas como as pesquisas em literatura, sua tese de doutorado e a situação de natal na produção de literatura. O professor não deixa de ser otimista e afirma que Natal poderia está melhor, mas há muita coisa interessante como: o movimento de dança, o movimento cultural da UFRN e os blogs nas internet com muita qualidade. Tudo isso é uma demonstração que a cultura e arte estão em foco.


Texto por João Victor Torres



O programa vai ao ar essa sexta, 29/08, pela TVU às 19h.