Roberto do Acordeon, 60 – batizado Roberto José Belém dos Santos – é sanfoneiro. Ofício que o possibilitou dividir o palco com Luiz Gonzaga e Dominguinhos, trazendo com isso seu reconhecimento no cenário musical. Nascido no Rio de Janeiro, em 1948, foi levado antes de completar um ano de idade (dentro de uma caixa de papelão), para Paratibe (PE), em um navio. Na cidade do interior pernambucano foi criado pelo avô Euclides, o qual presenteou Roberto, aos seis anos, com seu primeiro instrumento – uma sanfona com quatro baixos. Além dos muitos fãs, tem como coroação de seu trabalho o lançamento de 12 discos.
No Xeque-Mate desta sexta, Roberto do Acordeon, residente em Natal desde o fim da década de 70, fala sobre sua trajetória no mundo da música, desde seu difícil início de carreira – quando tocava em feiras, circos, teatros e bordéis – até sua melhor fase, onde pôde viajar pela Europa para fazer apresentações em alguns países como Suíça, França e Itália. Lembra com carinho de seu encontro musical com Luiz Gonzaga (o qual resultou em uma duradoura amizade), revela também sua paixão por Natal e ainda afirma ser o cantor e instrumentista Dominguinhos, o melhor sanfoneiro do mundo. Atualmente o sanfoneiro faz shows ao lado de seu filho de 14 anos que já decidiu seguir os passos de Roberto do Acordeon no mundo da música.
Texto por Carlos Henrique Goes Araújo e Marilton Medeiros
Pauta por Luciana Oliveira e Cintia da Hora