sexta-feira, 18 de maio de 2012

E já se foram 10 anos...

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Por Huldyana Paiva


Parece que foi ontem que um professor idealista e inspirado propôs um projeto ousado. Emanoel Barreto, esse é o nome do primeiro apresentador do Xeque Mate, que teve seu início em 24 maio de 2002.

O programa era exibido ao vivo, os alunos sentados em uma espécie de arquibancada, o cenário montado com jornais; esse era o palco onde entrevistados passavam sendo espremidos por perguntas ferinas de ávidos estudantes e um apresentador sagaz.

Por ser ao vivo, qualquer pequeno deslize se transformava em catástrofe e gerava um fervilhar nos estômagos sofridos de quem estava no estúdio. Casos engraçados como uma crise de tosse minutos antes de entrar no ar e parando no exato segundo do “boa noite” inicial, são narrados com saudosismo pelo professor Emanoel.


E a “criança” foi crescendo. O projeto amadurecendo. Muitos estudantes passando semestralmente por ele, contribuindo e, em maior relevância, aprendendo. Apresentadores foram passando, tendo a contribuição do professor Adriano Gomes, da professora Erika Zuza, e estando atualmente sob a regência do professor Ruy Rocha.

Hoje o programa conta com oito entrevistadores não fixos, mediados pelo apresentador Ruy Rocha. Os alunos também participam das equipes de edição, produção, reportagem e assessoria. O programa é gravado semanalmente nas sextas-feiras à tarde. É exibido toda sexta, às 19h30min, e reprisado nas segundas-feiras ao meio dia.

Durante esses anos, o Xeque mate se orgulha de ter entrevistado grandes nomes nacionais, como o do Ex-Vice Presidente José Alencar, o candidato ao prêmio Nobel Miguel Nicolelis, e importantes nomes da cultura potiguar, como Elino Julião, Chico Daniel, Valéria Oliveira, Cristal, entre outros.  Mas também dos “Josés” e “Marias”, que falaram de suas ricas histórias de vida.

Friamente poderíamos definir o programa como “um projeto de extensão do Departamento de Comunicação Social da UFRN, realizado em parceria com a TV Universitária, destinado ao exercício prático de produção de programas de entrevistas”.

Porém, mais que um projeto de extensão, nesses 10 anos, o Programa Xeque Mate tem sido uma escola, uma família, uma voz. Tem ajudado na formação de muitos alunos de Comunicação Social – radialistas, jornalistas, e atualmente até publicitários – que por ele passaram, aprendendo e atuando em todo o processo de feitura de um programa de televisão, seja na produção, na edição, na assessoria, nas entrevistas; o aluno é essencial no programa.

E o Xeque Mate se dispõe a ser a voz de muitos que não podem falar. Tem levado informação e reflexão aos telespectadores, tratando de assuntos de elevada importância social, não se esquecendo dos anônimos, brasileiros de valor que ajudam a construir a história desse país.


E para aqueles que fazem e fizeram parte, na frente das câmeras ou nos bastidores, fica sempre o frio na barriga, o desejo de acertar e ser relevante. Fica o inestimável aprendizado da importância e poder que a comunicação tem, da obrigação que temos enquanto comunicadores.


E que venham mais 10 anos. Muito melhores. Esse é o desejo de todos no assoprar das velinhas.