quarta-feira, 30 de maio de 2012

Vigorexia: Quando a prática de exercícios físicos deixa de ser saudável.

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Por Bianca Fratus.

Ter uma vida sedentária, sem nenhuma prática de exercícios físicos, é um dos piores males a saúde que um ser humano pode fazer. A atividade física é uma aliada imprescindível para, além de alcançar uma boa forma física, ter um estilo de vida mais saudável, diminuindo o risco de cardiopatias, estresse, osteoporose, aumentando assim a expectativa de vida de uma pessoa.
   Todos os benefícios que as práticas desses exercícios praticados regularmente nos dão, podem fazer o efeito inverso caso a pessoa desenvolva uma doença chamada Vigorexia.
   A vigorexia é uma doença mais ou menos nova, no começo sendo caracterizada pelos excessos na busca por ficar forte e era considerada uma doença masculina. Vigoréxicos eram aqueles rapazes cheios de músculos e que ainda assim se achavam fracos. Hoje, por vigorexia já se trata todo excesso na prática de qualquer exercício físicos, seja musculação ou qualquer outro esporte.
   Alguns sinais físicos de que há exagero na relação com os exercícios físicos são fáceis de serem notados: pele seca, cabelos opacos que caem excessivamente, unhas quebradiças.  Porém, bem pior que os sinais notáveis é o que acontece dentro do corpo desgastado de quem exagera: as articulações são prejudicadas, bem como o aparelho respiratório e o coração por desgaste e por sobrecarga. E os malefícios só pioram caso a pessoa ingira substâncias para aumentar a massa muscular, ou que garantam o pique para manter o ritmo de atividade de forma demasiada.
   Os atletas de alto nível também estão suscetíveis ao exagero, nesse caso, o overtraining. Os atletas que sofrem de overtraining sentem redução do desempenho, dores, falta de estímulo, variações de apetite, peso, sono e humor e até queda no sistema imunológico. Quadros de ansiedade, depressão, irritabilidade, estresse e nervosismo também podem ser consequências da prática de exercícios físicos em exagero, além de alterações nos níveis hormonais do corpo. Esse desequilíbrio entre treinamento e recuperação pode ser evitado com monitoração frequente dos hábitos do atleta, como alimentação, padrão de hidratação, consumo de substâncias como o álcool, café, cigarro e qualidade e quantidade de sono, além do nível de estresse.
    Exercícios físicos fazem muito bem ao corpo e à mente. Combinados com uma alimentação saudável, podem proporcionar bem-estar físico e psicológico. Mas não podem ser a única fonte de bem-estar. Se houver exagero, procure ajuda.