Por Bianca Fratus.
Ter uma vida
sedentária, sem nenhuma prática de exercícios físicos, é um dos piores males a
saúde que um ser humano pode fazer. A atividade física é uma aliada
imprescindível para, além de alcançar uma boa forma física, ter um estilo de
vida mais saudável, diminuindo o risco de cardiopatias, estresse, osteoporose,
aumentando assim a expectativa de vida de uma pessoa.
Todos os benefícios que as práticas desses
exercícios praticados regularmente nos dão, podem fazer o efeito inverso caso a
pessoa desenvolva uma doença chamada Vigorexia.
A vigorexia é uma doença mais ou menos nova,
no começo sendo caracterizada pelos excessos na busca por ficar forte e era
considerada uma doença masculina. Vigoréxicos eram aqueles rapazes cheios de
músculos e que ainda assim se achavam fracos. Hoje, por vigorexia já se trata
todo excesso na prática de qualquer exercício físicos, seja musculação ou
qualquer outro esporte.
Alguns sinais físicos de que há exagero na
relação com os exercícios físicos são fáceis de serem notados: pele seca,
cabelos opacos que caem excessivamente, unhas quebradiças. Porém, bem pior que os sinais notáveis é o
que acontece dentro do corpo desgastado de quem exagera: as articulações são
prejudicadas, bem como o aparelho respiratório e o coração por desgaste e por
sobrecarga. E os malefícios só pioram caso a pessoa ingira substâncias para
aumentar a massa muscular, ou que garantam o pique para manter o ritmo de
atividade de forma demasiada.
Os atletas de alto nível também estão suscetíveis ao exagero, nesse
caso, o overtraining. Os atletas que sofrem de overtraining
sentem redução do desempenho, dores, falta de estímulo, variações de apetite,
peso, sono e humor e até queda no sistema imunológico. Quadros de ansiedade,
depressão, irritabilidade, estresse e nervosismo também podem ser consequências
da prática de exercícios físicos em exagero, além de alterações nos níveis
hormonais do corpo. Esse desequilíbrio entre treinamento e recuperação pode ser
evitado com monitoração frequente dos hábitos do atleta, como alimentação,
padrão de hidratação, consumo de substâncias como o álcool, café, cigarro e
qualidade e quantidade de sono, além do nível de estresse.
Exercícios físicos fazem muito bem ao corpo
e à mente. Combinados com uma alimentação saudável, podem proporcionar
bem-estar físico e psicológico. Mas não podem ser a única fonte de bem-estar.
Se houver exagero, procure ajuda.