Murilo Felinto é advogado por formação, iniciou o curso de Direito em Recife, concluindo o bacharelado na UFRN em Natal, estabelexendo uma promissora carreira na cidade do sol. Aqui vai um pouco do histórico do nosso entrevistado:
No ano de 1985, começou a trabalhar no restaurante Chaplin, localizado na praia dos Artistas em Natal. O local funcionava como restaurante e boate, e durante muito tempo foi ponto de encontro de turista e natalenses. Nesse período Murilo Felinto começou a atuar junto a hotéis e agência de viagens para captar turistas para a cidade, ele observou que Natal tinha uma potencialidade turística e uma carência de espaço e profissionais que trabalhassem com esse público. Murilo conta que na época existiam poucos restaurantes na cidade e que esses costumavam fechar em horário de almoço e durante o mês de janeiro, período que os donos dos principais restaurantes da cidade tiravam para veranear nas praias. Nesse mesmo ano, em 1985, Natal sediou o primeiro grande congresso, o encontro dos diretores lojista.
Em 1991, Felinto tornou-se diretor do EMPRETUR, empresa que oferece atendimento personalizado ao turista. Dois anos depois, em 1993, ele fundou uma operadora de viagens com o objetivo de fazer uma ligação aérea entre Natal e a ilha de Fernando de Noronha, possibilitando aos turistas que vinham a cidade uma alternativa de turismo.
No período entre os anos de 1997 e 2000, foi secretário municipal da Indústria, do Comércio e Turismo de Natal. No mesmo periodo, entre 1998 e 1999 ele também tornou-se presidente da Associação Brasileira dos Órgãos Municipais do Turismo. Entre os anos de 2002 e 2003, foi gerente operacional do Conselho de Turismo Internacional do nordeste.
Ele conta que na década de 90 foi construido na cidade o primeiro hotel 5 estrelas, com a consolidação de Natal como destino turistico nos anos seguintes, foram feitos grandes investimentos na área de hospitalidade e criou-se na cidade um pólo hoteleiro na Via Costeira, onde foram contruidos hotéis de nivel 5 estrelas e resorts, a intenção era de possibilitar ao turista conforto e investir no turismo de lazer.
De 2003 a 2006, Felinto foi diretor executivo do Pólo Turístico da Via Costeira, que contava com 10 hotéis. Nessa época dispontava como um dos maiores complexos turistícos do país, com cerca de dois mil leitos, dois restaurantes de padrão internacional, um cervejaria e duas boates, além de outros equipamentos de entretenimento e lazer. Os empresários que atuavam nesse ramo se mobilizaram para intensificar ações de marketing e promoções na via litorânea, promovendo a cidade dentro e fora do Brasil.
Murilo também foi diretor executivo da Associação Brasileira da industria de Hotéis (ABIH), entre 2007 e 2010, onde decidiu deixar a função para atuar como representante da WhiteJet (empresa portuguesa de voos charters). Fundou a JSC Turismo, que foi a empresa pioneira em fretamentos internacionais, os primeiros voos foram para Portugal, Italia e Argentina.
De acordo com o entrevistado, o turismo em Natal é uma atividade relativamente recente. Em 1985 foram construídos os primeiros hotéis da Via Costeira (Natal Mar Hotel e o Natal Marsol), também afirma que a hotelaria natalense é a mais jovem e renovada do nordeste, oferecendo o dobro da quantidade de leitos em comparação com Recife, um Centro de Convenções capaz de promover eventos de pequeno e médio porte e um aeroporto com três pistas.
Quanto ao turismo sexual, ele afirma que “este problema é de caráter social” e o destino de Natal não é vendido desta forma fora do país. No ano de 2007 foram cancelados alguns voos chateres vindo da Europa, porque a empresa que estava promovendo a viagem tinha uma má fama. Havia suspeitas de que eles trabalhavam vendendo o destino como turismo sexual.