A nossa entrevistada de hoje é alguém que transpira cultura. Tendo nascido já em ambiente circense, Maria D’Elisier conhece de perto o que é a vida do artista brasileiro e vem nos falar sobre temas importantes, como a valorização do circo, o que mudou nesse meio tempo em que ela está nesse mundo e experiências bastante interessantes no decorrer da sua carreira de acrobata, que começou muito cedo, aos cinco anos.
No meio de seu baú de memórias, Maria relembra de seus tempos de criança, e do fato de sua mãe respeitar bastante sua infância, permitindo que trabalhasse, mas até um horário determinado e nunca deixando o aprendizado acadêmico de lado. Fala de como era difícil apegar-se a amigos e/ou namorados, na vida nômade que levava, mas recorda com saudade de todas essas histórias e em momento algum, sentiu-se prejudicada por crescer nesse ambiente diferente do comum.
Como acrobata, conta-nos várias casos, desde acidentes ocorridos com conhecidos a outros fatos que são até um tanto difíceis de se acreditar, mas o que a nós parece fantasioso e fantástico, a ela soa como acontecidos normais, pelo tom de voz e serenidade de sua narrativa.
A professora critica fortemente o movimento sindical e o governo, deixando claro que o artista sempre tem de virar por si só e que o próprio movimento sindical não tem uma boa organização. Ressalta sempre a aceitação do público, aqui ou em qualquer canto do mundo, como ela diz, dá para saber pelas palmas.
Tendo se apresentado já em diversos palcos e adquirido bastante experiência, a nossa entrevistada acabou por se tornar referência quando se fala de circo e faz parte da equipe de professores da Escola Nacional de Circo, que está sempre exportando alunos para circos e espetáculos no exterior como o próprio Cirque Du Soleil, que ela vê com bons olhos, porque, embora bastante comercial, acaba atraindo as visões do público para essa arte de tanto tempo que andava tão esquecida.
Assista o Xeque-Mate de Hoje e veja um dos vários motivos pelos quais o circo não deve morrer.
Programa Xeque-Mate: há sete anos,
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